Ações do documento

Porto denuncia possível superfaturamento na compra de coffee break

Vereador denuncia aumento superior a 160% no valor dos lanches comprados pela Prefeitura, na comparação entre 2013 e 2014 e pede investigação no MP

O vereador Cidimar Porto (PMDB) celebrou a decisão do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP) em instaurar inquérito civil para apurar possível superfaturamento na compra de coffee break pela Prefeitura.

Após denúncia apresentada por ele na Justiça local, o promotor André Luiz Nogueira da Cunha reconhece que é estranho o aumento operado nos valores de um ano para o outro, acrescendo o valor em 2014 em mais que o dobro o valor do contrato de 2013 e decide instaurar o inquérito civil.

A intenção do parlamentar era suspender a licitação para compra dos lanches aberta em 2014 por entender que houve aumento superior a 160% no valor contratado pela Secretaria Municipal de Saúde. Porto fez a denúncia comparando os preços praticados e pagos pela própria Prefeitura em 2013.

“No pregão anterior, a negociação foi encerrada a R$ 11,40 por pessoa e, na compra atual, o mesmo cardápio custou R$ 30,09. Ficou muito acima do que a Prefeitura pagava”, ressalta.

Na interpretação do vereador, o preço contratado estaria acima do valor praticado no mercado.

 “Pesquisei o preço em relação ao mercado e o preço bom é em torno de R$ 15,00”, disse.

O cardápio contempla um tipo de chá, café, sete tipos de bebidas, cinco tipos de salgados simples ou mini sanduíches, guardanapo de papel, saches de açúcar e de adoçante, mexedores para chá ou café, copos descartáveis para chá ou café, e para sucos ou refrigerantes.

Vinholi anunciou que o inchaço dos preços se deve a cotação utilizada pela Secretaria de Saúde que para definir o preço médio, foi feita com base em 6 mil itens de coffee break, mas que no texto final da licitação indicou 5 mil.  

Para Porto essa alegação é desprovida de qualquer lógica, pois a contratação foi feita por unidade e não no total.

 “Sem minha denúncia entretanto, o preço seria efetivado e pago”.

Equívocos

Cidimar Porto afirma que são inúmeros os “equívocos” do prefeito que fazem sangrar os cofres públicos.

“São muitos equívocos, a começar pela contratação de empresas no valor de R$ 1,7 milhão para trocar placas das ruas, o valor da coleta de lixo que dobrou, a contratação de um software fantasma a R$ 179 mil mensais, a já concluída e inaugurada por R$ 1,7 milhão, obra do Parque Aeroporto e o gasto de R$ 2,5 milhões em um ano no SOS Pátio para serviços de manutenção, que anteriormente gastava-se 10% desse valor”, finaliza Cidimar.

28/01/2015

Izabela Cremonini

Coordenadoria de Comunicação Social/ Câmara Municipal de Catanduva