Diretora do IMES Catanduva esclarece inadimplência
Cibelle Rocha Abdo tirou dúvidas dos vereadores quanto à dívida com o Instituto de Previdência dos Municipiários de Catanduva (IPMC) e outras dificuldades que a faculdade enfrenta
A diretora do Instituto Municipal de Ensino Superior (IMES-Catanduva), Cibelle Rocha Abdo, esteve na Câmara Municipal, para esclarecer dúvidas dos vereadores quanto às dívidas adquiridas pela instituição com o Instituto de Previdência dos Municipiários de Catanduva , no valor aproximado de R$ 500 mil.
Cibelle comentou que mesmo com dificuldades financeiras, optou por fazer pagamento do corpo docente e fornecedores e deixar de repassar o valor ao município.
O primeiro parlamentar a fazer questionamentos foi Marcos Crippa (PTB). Crippa questionou se a Prefeitura teria débitos com o IMES.
Conforme a responsável pela instituição, a Prefeitura tem de repassar 50% do valor de mensalidades de funcionários municipais que fazem faculdade, em contrapartida, o IMES deve encaminhar ao município o valor do imposto de renda. “Há, sim, alguns repasses que não foram efetuados com relação as bolsas, mas também deixamos de repassar o imposto de renda. Quando propus o parcelamento da dívida foi para não deixar o município em inadimplência. Esse prazo pode ser encurtado para a minha gestão ou para o mandato do prefeito, sem problemas. Houve uma total boa fé neste sentido”, comentou.
Cibelle também comentou sobre a diminuição do número de alunos. “ A população está mais consciente ao número de filhos e temos uma redução no número de alunos até mesmo no ensino médio. E não é só isso. O aumento de faculdades também influencia”, disse.
A diretora também informou sobre os valores das mensalidades. “O aumento das mensalidades do IMES foi irrisório. 8,5%, de 2006 a 2011”, afirmou.
“Sabemos da sua capacidade e honestidade. Se não tiver investimento, não adianta. Nós queremos o bem da Fafica. Se o prefeito mandar qualquer projeto de lei incentivando o IMES, com certeza iremos aprovar. Queremos enaltecer a Fafica. A prefeitura tinha de dar o suporte inicial. Neste conta-gota, não vira. Ou se dá uma injeção ou não vai adiantar nada. As dificuldades virão e os problemas somente serão empurrados”, disse Crippa, autor do requerimento que convidou Cibelle para participar da Sessão.
O vereador Vanir Martinho Braz (PSDB) também questionou a diretora. “Eu acho que é quase impossível competir com os cursos a distância. – uma coisa me chama a atenção. O município tem uma inadimplência de 150 milhões. Será que moramos em uma cidade onde o povo não tem condição de pagar? Porque a coisa vem piorando, ninguém quer ficar devendo, mas os alunos não tem condições financeiras”, disse Braz.
O IMES tem mais de 1 milhão em inadimplência de alunos.
“O que imaginávamos está se confirmando. A senhora apresentou uma série de dificuldades que vocês encontram. Ter chamado Edson e a senhora hoje é para gente aparar as arestas”, ressaltou Ana Paula Carnelossi (PT).
Luís Pereira (PSDB) afirmou que chamar representante do IMES foi objetivado em buscar o melhor para o instituto. “Existe uma preocupação de estarmos debatendo, chegando ao objetivo e que possa satisfazê-la. Onde está o inconformismo ou qual seria o ideal?”, afirmou.
“Quanto mais puder ser investido, melhor. O parcelamento daria em torno de R$ 8 mil reais. Já encaminhei pouco mais de R$ 100 mil para o IPMC”, garantiu Cibelle.
Questionada sobre propagandas para atrair mais estudantes, a diretora informou que foram feitos outdoor, inserção nas rádios e propaganda em pedágios.
29/03/2011
Karla Konda
Comunicação Social/ Câmara Municipal de Catanduva